Vídeo original produzido pela Comsom (www.comsom.tv).
Do outro lado do tempo, eu penetro no cenário da verde paisagem da Zambézia, daquela Zambézia de rubros entardeceres, daquela Zambézia onde o maior palmar do mundo é suavemente agitado pelo vento morno do Índico.
Do outro lado do tempo eu vejo Quelimane, a capital da Zambézia, a velha terra do chuabo erguida na foz do Rio dos Bons Sinais, nome dado a este rio por Vasco da Gama, pelos bons sinais que obteve de estar a sua armada na rota certa para a demandada Índia.
Quelimane era uma amálgama de gerações e raças, que no outro lado do tempo, se modernizava constantemente e onde as mesquitas muçulmanas se misturavam à arquitetura moderna dos seus edifícios.
De Quelimane, eu viajo agora até aos vastos espaços abertos. Para lá das montanhas, perto do céu, eu recordo Vila Junqueiro, onde a terra é verde, aquele verde suave dos campos de chá, outra das grandes riquezas de Moçambique.
No meu regresso ao passado, o meu olhar repousa a vista nestes campos, e eu sinto aquela sensação de bem-estar que me dava aquela imagem de trabalho transformado em beleza, e quedo perante a serenidade dos montes e dos vales.
Pelo Porto de Quelimane exportava-se o chá que a região produzia.
Do outro lado do tempo, eu recordo aquela fábrica de produção de coco ralado aqui existente. Terra de coqueiros, Quelimane vivia um pouco dessa magia.
Fonte: Canal YouTube de Albertino Silva.





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